sábado, 23 de fevereiro de 2019

Manifesto

Este manifesto estou com ele desde abril de 2018, esperando uma nova ação das autoridades, mas quase um ano e nada foi mudado. Ontem estive na plenária da Câmara Municipal, realizada por movimentos sociais. Criou-se uma comissão para que possamos tomar atitudes reais frente a Leagold, mineradora instalada em Riacho dos Machados, da qual farei parte. Eu como cidadã, educadora, mãe, me nego a ficar de braços cruzados frente a outro crime ambiental que possa ser agora em nossa região. Acabei de protocolar um requerimento no MDF embasados nos documentos que possuo e que todos possam ter junto ao ministério público. Chamo a todos para que compartilhem e que façam o manifesto junto ao PFDC.
Manifesto da indignação:
A mineradora Canadense Leagold explora ouro neste lado de cá do Norte de Minas Gerais – cidade de Riacho dos Machados – pedaço da região da Serra Geral.
O Município de Riacho dos Machados, na cabeça de quem explora, é lugar de tirar ouro e plantar morte. Lugar esse tão antagônico, onde a empresa mineradora Leagold retira e envia para sua sede no Canadá, as riquezas do nosso subsolo. Riqueza que poderia nos manter vivos e com dignidade. Mas no lugar disso a mineradora do primeiro mundo nos deixa a contaminação dos nossos rios com metais pesados como: chumbo, cádmio, níquel, urânio, zinco, manganês, alumínio, ferro, cianeto e arsênio. Poluir é a palavra de ordem! Rios, Lagos e Lençol Freático, palavras que escrevemos com letra MAIÚSCULA por respeitarmos a VIDA. Somos herdeiros de uma natureza dura do Semiárido e agora vítima da ganância e irresponsabilidade da mineradora Leagold, assim como um ato inconsequente e questionável do Superintendente da SUPRAM, Sr. Clésio Cândido Amaral que, no dia 18 de abril, suspendeu a decisão do auto de infração, alegando que teria impacto no processo produtivo da empresa e consequências econômicas e sociais para a região. Ato irresponsável e criminoso do Sr. Clésio representante do Estado, que no lugar da vida de milhares de Mineiro destes recantos, priorizou, não se sabe com que finalidade, a humilhação e contaminação do nosso povo. Que Estado é este que não garante o direito a água para aqueles que sabem valorizar cada gota deste verdadeiro tesouro.
Temos a seca como estigma, mas sabemos valorizar a água como poucos seres humanos, pois esta nos falta na maior parte do ano.
Sou pela VIDA, sou Água!
Monica Brandão, cidadã, e professora composta de 70% de água.
Disponibilizo o link.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Favor comentários com o objetivo das atividades propostas